Shift Left testing em sistemas complexos é uma utopia?

Shift Left testing em sistemas complexos é uma utopia?

Identificar problemas ainda no ambiente de desenvolvimento é uma ideia atraente. No entanto, quando é impossível reproduzir o ambiente de produção devido a dependências externas, dados imprevisíveis e configurações específicas, essa abordagem se torna limitada.

Para gestores tech, esse cenário sinaliza que, mesmo uma abordagem bem planejada de shift left, não cobre completamente os riscos de um ecossistema amplo. Não significa abandonar a prevenção de erros o mais cedo possível, mas sim entender que algumas falhas surgem apenas quando todas as engrenagens estão operando em conjunto.

Abordagens não-óbvias que todo gestor tech deveria conhecer

Listei abaixo abordagens que usamos com nossos clientes na Voidr:

→ Chaos Engineering Testing: Introduzir falhas controladas em ambientes produtivos ou quase produtivos para testar a resiliência.

→ Contract Testing: Garantir que cada serviço cumpre exatamente o que promete, prevenindo impactos cruzados.

→ Synthetic Monitoring: Simular fluxos críticos constantemente, identificando gargalos em tempo real.

→ Feature Toggles & Dark Launches: Liberar e testar funcionalidades em etapas, reduzindo riscos e capturando feedback rápido.

→ Shadow Testing: Rodar uma nova funcionalidade ou release em paralelo à versão atual, sem impactar usuários, permitindo validação segura em produção.

A conclusão

A conclusão é clara: o shift left segue valioso, mas não é a bala de prata para cenários complexos. A combinação de testes antecipados com práticas avançadas – "to the right" – é o que realmente garante uma cobertura completa.

Como vocês lidam com os pontos cegos que só aparecem em produção?